sábado, 26 de junho de 2010

Orixá Xangô - Nosso rei dos reis!




Com a chegada do dia de São Pedro (29/06/2010), achei legal falar um pouco sobre o orixá Xangô. Pode-se dizer que existem duas visões sobre nosso grande pai xangô, a do candomblé e da umbanda.

No candomblé, pode-se dizer que é um dos orixás mais cultuados respeitados e famosos do Brasil. É interessante frisar a que em Pernambuco, os cultos a xangô são tão difundidos que o próprio candomblé passa a se chamar Xangô na Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe.

Bem, de acordo com nossos amigos do Candomblé, Şàngó (ou Xangô, em um jeito abrasileirado) teria sido o quarto rei da cidade de Oió, que foi o mais poderoso dos impérios iorubás. Após seu desencarne, Xangô passou a ser cultuado como uma divindade, como era comum acontecer com os grandes reis e heróis daquela época, e seu culto passaram a ser o mais importante da sua cidade, a ponto de o rei de Oió, a partir daí, ser o seu primeiro sacerdote. Xangô passou a ser um Orixá, um senhor de nossas cabeças, uma força da natureza. Acho que não me interessa muito falar sobre as lendas sobre xangô, apesar de dentro do candomblé, estas lendas serem uma forma de passar os fundamentos dos orixás. A sua saudação é o Kawó-Kabiesilé

Como orixá, Xangô é o senhor dos trovões e do fogo no candomblé. Diz-se que ele é viril e violento, porém muito justo. Odeia a injustiça e justamente por isso apela-se muito à ele quando se tem problemas judiciais ou relacionados a justiça.

Em sua representação dentro do candomblé, Xangô aparece como um negro com o porte de rei. É alto e forte, sempre com uma coroa em sua cabeça, e o seu Oxê (Machado de duas laminas). Além disso, nas casas-de-santo, é comum encontrarmos qualidades (Que prefiro chamar de intermediários) que diferenciam as manifestações. É praxe na iniciação, na terceira saída do iaô do roncó para o barracão, o orixá dizer o seu nome ( A qualidade de orixá que trabalha com o filho-de-santo.). Sua cor é o vermelho e branco.


No xirê, xangô se manifesta de forma firme, na maioria das vezes dança rápido, seguindo o ritmo dos tambores, cruzando e levantando os braços.

Em se tratando de Oferendas, a principal oferenda feita a xangô é o Amalá. Feito com quiabo cortado, cebola ralada, pó de camarão, sal, azeite de dendê ou azeite doce, pode ser feito de várias maneiras. É oferecido em uma gamela forrada com massa de acaçá. Também chamado pelo povo de santo nos candomblés jeje-nagôs de caruru.


Quando o assunto é Umbanda, a visão sobre Xangô muda um pouco;,Justamente pelas diferenças entre as religiões. Xangô na umbanda ocupa mesmo nível de evolução dos santos da igreja católica. Em sua base de fundamentos, não existe muita diferença entre o candomblé e a umbanda. A visão de força da natureza sai um pouco de foco e Xangô passar a ser visto como o orixá da justiça e da lei. Sua vibração pode ser encontrada na natureza, em pedreiras, grutas de pedras e outros redutos da natureza contendo rochas.
Na umbanda, Xangô não possui qualidades. É comum ver Xangô sincretizado como São Pedro e São João Batista, mas o principal santo é São Jerônimo. Sua cor na umbanda é o Marrom.

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